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Maracanã - Fundão

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Maracanã para Fundão. Trajeto feito durante 4 anos da minha vida cotidianamente, com exceção do fim de semana. Porém, esse período, enquanto passava pelo processo cartográfico exposto pelos professores, senti muita saudades. De repente minhas idas foram abruptamente cortadas em detrimento a calamidade pública em qual o Brasil (e o Mundo) se encontra. Pessoas morrendo, seja de fome ou da doença. Pessoas doentes, seja fisicamente ou mental. Eu estava doente. Acho que posso afirmar que todos nós estivemos. Estava triste, desesperançosa, ansiosa, depressiva e com muito medo por todos os que eu conhecia e que não conhecia também. Esta pesquisa me deu uma oportunidade de mesmo dentro de casa sanar um pouco dessa saudade avassaladora.

A disciplina de Educação e Novas Tecnologias ministrada pelo professor Geraldo trouxe uma nova metodologia para se estudar em sala de aula. A cartografia como metodologia inovadora e de grande potencial de uso. Não há hierarquia, não há poder já que todos são iguais perante o mapa. A pedagogia por trás foi algo novo apresentado durante as aulas, a pedagogia pobre. Sem expectativas pré-definidas, sem tentar alcançar algo ou com algum ensinamento em vista, ele pode dar frutos ou não. É o entrar sem esperar nada e sair cheio. Cheio de afeto, de saudades, de novas perspectivas. A disciplina conseguiu trazer um convívio inovador de diferentes cursos, de diferentes pessoas, em sala de aula de forma harmônica. Juntos nós pensamos em um protocolo a ser usado, analisamos e trocamos informações com os colegas, modificamos até chegar ao resultado final. Juntos decidimos onde começaria e onde terminaria, dividimos tarefas e pensamos muito durante o período. Juntos, porém, cada um em um espaço distinto. Cada um em uma parte do grande Rio. Foi um estudo democrático e que sanou a distância entre todos que puderam frequentar.

Cartografia Sonora: Captação do nosso espaço durante a pesquisa
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