Ao participar da matéria de Educação e Novas Tecnologias, minha principal pretensão era ganhar apenas mais algumas horas curriculares, mas existia uma dúvida: O que essa matéria poderia me proporcionar em prol da minha vida acadêmica e o meu futuro como professora?!

Pelo nome, fui pela lógica mais preguiçosa: Como dar uma aula remota? Como lidar com os novos cenários? Como a tecnologia pode auxiliar no ensino e ferramentas do estudante?! Mas o que cartografia teria a ver com isso?!

E nesse barco, achei que seria mera ouvinte, onde apenas ia ouvir e aprender, calada, mas não.

Me vi sendo obrigada a pensar, a refletir e participar. Tive diversas ideias, pensei em diversos códigos, que não necessariamente foram registrados por fotos, nem textos, mas notados e refletidos como eu nunca havia antes. O que eu já tinha como código na minha vida e como eles se relacionavam à educação.

E o trabalho final foi realmente um divisor de águas, e trouxe à tona tudo que estava preso no meu subconsciente. 

Ao caminhar no google street, eu descobri diversas coisas que eu não havia me atentado antes. A ferramenta atual tem acesso interno à vila onde moro, o que me deixou assustada,
mas ao mesmo tempo me foi concedido um presente que nem imaginava; Encontrei registros de um amigo e vizinho querido que se foi devido à covid-19. E me fez lembrar de rituais aos quais eu já havia esquecido, eu saia de manhã e de vez em quando ele estava lá pra me dar um bom dia, brincar comigo, ou tecer um elogio. Por fim, me desejar uma boa aula.

E assim eu seguia.

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Revivi meu trajeto até o Fundão e lembrei como eu gostava de admirar as artes gravadas nas paredes e muros de casas, viadutos,... Eu vivia artes antes mesmo de chegar na tão bem
quista Escola de Belas Artes. Artistas de rua enfeitavam minha caminhada, e eu já podia perceber se estava próxima ou não do meu destino final somente baseado com o que estava nos muros!

E é engraçado ver como nossas percepções são realmente subjetivas, percebi que tendo a me apegar ao afeto, à emoção e à imersão com meu próprio eu, uns se atentaram à utilidade do processo, outros à curiosidade, dentre tantos outros sentimentos, que no fim acabam gritando mais alto em nossas visões sobre o mundo.

Visões essas que estão todas vinculadas à um código, o trajeto que nos leva a um destino só,
que neste caso, é a universidade.