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Eu

por Ana Carolina Martins

    “Quem sou eu?” Essa, sem dúvidas, é uma pergunta que todos já se fizeram em algum momento da vida e, que na sua grande maioria, leva tempo para ser formulada e respondida, se for... Mas a descoberta de si, começa já na primeira infância e não há como dissociar esse processo da educação.

    A importância do desenvolvimento infantil nos primeiros anos, especialmente entre zero e três anos de idade, foi fundamentada por diversos autores ( Piaget, 1970; Freud, 1996; Vigotski, 2007; Wallon, 1953; etc.) pois é nessa etapa que se lançam “as bases do desenvolvimento nos seus diversos aspectos físicos, motores, sociais, emocionais, cognitivos, linguísticos, comunicacionais, etc.” (PORTUGAL, 2009, p.7).

    O egocentrismo segundo Piaget (buscar referencia direta) é uma das características presentes na criança da primeira infância, revelando assim não ter capacidade, ainda, para se colocar no ponto de vista do outro pois sua compreensão está limitada a si mesma. No entanto, sabemos que cada criança se desenvolve em um contexto com características específicas, ou seja, com regras, atitudes, valores e modos de estar e ser concretos. Desse modo, a partir do momento em que nasce, o ser humano já começa a ter consciência de que existe um mundo externo ao eu. É nesse mundo que aprende sobre si, a estar e a comunicar-se com os outros. Neste sentido, a primeira infância significa um período de mudanças significativas no que diz respeito ao desenvolvimento psicossocial.

    Inclusive essa relação com o outro tem se transformado com tudo o que a tecnologia oferece, assumindo perspectivas diversas de quem pode ser esse outro e, como consequência, a definição de quem somos acompanha essa mudança.

    Sibilia (2016) problematiza como a contemporaneidade tem contribuído para esse novo eu:

 

Numa atmosfera como a atual, que estimula a hipertrofia do eu até o paroxismo, que enaltece e premia o desejo de ser diferente e querer sempre mais, são os outros os desvarios que nos assombram. Outras são nossas dores porque outras também são nossas delícias, outras as pressões que cotidianamente se descarregam sobre nossos corpos e as outras potências (e impotências) que cultivamos.

(SIBILIA, 2016, p. 14)

 

    Aprender a lidar com o mundo das novas tecnologias é um processo em que ao mesmo tempo em que somos transformados por elas, também as transformamos, por isso Sibilia (2008, p. 8) afirma “Acontece que você e eu, todos nós, ‘estamos transformando a era da informação’.”

     E, agora, nos resta pensar em como a educação é atravessada por essas questões ou como o eu, no espaço educativo se deixa ser transformado/afetado pelas novas tecnologias e quais são os resultados e considerações desse encontro.

  Por esse motivo, em meio às transições e transformações do mundo contemporâneo é um desafio pensar um ambiente educacional que ajude na construção desse eu pós-moderno - que surge como uma incógnita, mutável e efêmero- em conjunto com as novas tecnologias. No entanto, não podemos deixar escapar diante dessa conjuntura cibernética imanente à sociedade contemporânea, a concepção de “Bem Viver” de Acosta (2016: 15), princípios de vida que almejamos "O Bem Viver se afirma no equilíbrio, na harmonia e na convivência entre os seres. Na harmonia entre o indivíduo com ele mesmo, entre o indivíduo e a sociedade, e entre a sociedade e o planeta com todos os seus seres." 

 

 

    Referências Bibliográficas:

   ACOSTA, Alberto. O bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. Trad. Tadeu Breda. São Paulo: Autonomia Literária, Elefante, 2016.   

   PAPALIA; Diana; OLDS, Sally Wendkos; FELDMAN, Ruth Duskin. O mundo da criança. 8.ª edição. Lisboa: McGraw-Hill, 2001.

    PORTUGAL, Gabriela. Desenvolvimento e aprendizagem na infância. In: CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (org.). Relatório do estudo – A educação das crianças dos 0 aos 12 anos. Lisboa: Ministério da Educação, 2009.

    SIBILIA, Paula. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008

    _________. O show do eu. Rio de Janeiro: Contraponto, 2016, 360 p.  2. ed., rev.

Emoji

por Albert Douglas

EMOJI (絵文字 lit. pictograma?) é uma palavra derivada da junção dos seguintes termos em japonês: e (絵 "imagem"?) + moji (文字 "letra"?). Com origem no Japão, os emojis são ideogramas e smileys usados em mensagens eletrônicas e páginas web, cujo uso está se popularizou para além do país.  Eles existem em diversos gêneros, incluindo: expressões faciais, objetos, lugares, animais e tipos de clima.

O primeiro emoji foi criado em 1998 ou 1999 no Japão por Shigetaka Kurita, que fazia parte de uma empresa de telefonia O primeiro conjunto de 172 emojis de12×12 píxeis foi criado como parte das funcionalidades de mensagens de texto para facilitar a comunicação eletrónica e funcionar como uma característica distintiva de outros serviços 

No entanto, em 1997, Nicolas Loufrania, percebeu da crescente utilização de emoticons de texto ASCII na tecnologia móvel e começou a fazer experiências com rostos smiley animados com o objetivo de criar ícones coloridos que correspondem aos emoticons ASCII já existentes, feitos com simples sinais de pontuação, aperfeiçoando-os para uma utilização mais interativa nas plataformas digitais. A partir destes, Loufrani criou os primeiros emoticons gráficos e compilou um Dicionário Emoticon online que foi ordenado por categorias: clássicos, expressões de Estados de espírito, bandeiras, festividades, diversão, desportos, meteorologia, animais, comida, países, profissões, planetas, zodíaco e bebés. Esses ícones foram registados pela primeira vez em 1997 no The United States Copyright Office e foram publicados posteriormente como ficheiros .gif na Internet em 1998, tornado-se nos primeiros emoticons gráficos de sempre a serem utilizados nas plataformas tecnológicas. Em 2000, o Diretório de Emoticons criado por Loufrani foi disponibilizado na Internet para os utilizadores poderem transferi-los para os telemóveis através do site smileydictionary.com que incluía mais de 1000 emoticons gráficos do smiley e as respetivas versões ASCII. Esse mesmo diretório foi depois publicado, em 2002, num livro da editora Marabout intitulado Dico Smileys. Em 2001, a The Smiley Company começou a licenciar os direitos dos emoticons gráficos de Loufrani para utilização em transferências para telemóvel por várias empresas de telecomunicações, incluindo a Nokia, a Motorola, a Samsung, a SFR (Vodafone) e a Sky Telemedia.

O Oxford Dictionary nomeou "emoji" 😂 (Face With Tears of Joy) como "palavra do ano" em 2015.

 

Hoje em dia os emojis, emoticons e memes além de serem um recurso facilitador, ou não, da comunicação, também expressam a função da representatividade dos usuários, grupos, rede social, comunidades,  com o surgimento de novos emojis com diferentes tons de pele, emojis de casais LGBTQ, emojis de cadeirante e portadores de deficiências, é um pequeno passo para inclusão digital que tanto falamos mas que estamos longe de alcançar pois grande maioria da comunidade da comunidade que possui algum tipo de deficiência ainda não tem acessos aos recursos que promovam esta inclusão de forma eficiênte; 

 

Eu já utilizei os emojis como recurso didático para alfabetização, trabalhei com uma aluna que tinha deficiência intelectual, tinha dificuldade para aprender a ler, mas tinha muita vontade de ler para aprender a se comunicar pelo Whatsapp. Então utilizei a estratégia de ensinar os emojis, a partir da leitura do emoji ela escrevia a palavra que o emoji expressava, se usado um emoji de coração, ela tanto poderia tentar escrever amor, ou coração, ou vermelho, e ao pouco vamos aprendendo a nos comunicar pelos sinais dos emojis. 

 

(Albert Douglas)

por Dulcinéa Gomes de Oliveira Rosa 

 

São figuras geradoras de afetividade. Como um signo. O intuito da utilização desse recurso é viabilizar a entrega de um sentimento ou emoção através da expressão apresentada pela figura. 

Um emoticon é um pictograma criado através dos sinais de pontuação, números e caracteres especiais. Já o emojii é um ícone ilustrado, geralmente embutido nos teclados dos smartphones atuais.

Ambos são considerados uma forma de comunicação paralinguística, ou seja, complementam a linguagem verbal revelando ações e emoções de forma simples e facilmente identificável.

 

Emoticon

Emoiji

Definição

Pictograma criado através dos sinais de pontuação, números e caracteres especiais do computador ou celular.

Pictograma ilustrado com pequenas figuras em vez de caracteres.

Criação

Apesar de terem sido usados pela primeira vez em 1952 em uma peça publicitária, passaram a ser utilizados amplamente na internet a partir de 1982.

Criado entre 1998 e 1999 pelo japonês Shigetaka Kurita como parte de um sistema para internet móvel no Japão.

Exemplos

:-) :-( :o

 

O que é um Emoticon

A palavra emoticon vem da junção em inglês das palavras emotional e icon. Como se pode deduzir, seria um pictograma para revelar expressões e sentimentos que, talvez no texto escrito, não seriam identificáveis para o receptor.

Para criar um emoticon, é preciso unir sinais de pontuação, números e/ou caracteres especiais para criar a figurinha desejada.

Emerson Machado

 

 

www.diferenca.com › Tecnologia consultado em 10.11.2020

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