por Flávia Jéssica Santos e 
​ Flavia Oliveira

Alfabetização Digital

Você sabe o que é Alfabetização Digital? Será que você é letrado digitalmente?

O avanço  da Covid-19 tem aumentado cada vez mais a necessidade de um mundo alfabetizado digitalmente. Vale dizer, ainda, que Covid-19, dentre todos os seus inúmeros prejuízos à vida das pessoas, acentuou, também, a desigualdade social e de acesso às tecnologias, o que impactou diretamente o processo de Alfabetização Digital.

A Alfabetização Digital é, portanto, a iniciação ao uso e a compreensão da informática, imprescindível aos programas de inclusão digital, de modo a possibilitar a inserção de todos na sociedade da informação. É, justamente, através do processo de alfabetização digital que a criança ou o adulto toma conhecimento das possibilidades fornecidas pelo dito mundo cibernético.

Deste modo, ela vai além da navegação e pesquisa na internet; objetiva-se, no entanto, capacitar o indivíduo ao manejo de editores de textos, planilhas e aprender a encontrar e aplicar o que planeja ou precisa. Assim, quais são os benefícios da alfabetização digital? Como ocorre o seu impacto social?

As autoras Monica Fantin e Gilka Girardello (2009) no artigo “Diante do abismo digital: mídia-educação e mediações culturais”, demonstram preocupação com os dilemas da Alfabetização Digital que não é apenas uma questão para o Brasil e sim para todos os países do mundo. Para as autoras, a Alfabetização Digital esbarra em vários problemas já existentes, os quais impactam não só na ampliação da Alfabetização Digital, mas acabam por acelerar o distanciamento da população pela falta  da inclusão digital.

Para a autora Inés Dussel (2019), a presença dos dispositivos digitais em nossas vidas torna a atenção diferente; isto é, a autora discorre sobre uma atenção que nos é difícil descansar ou retê-la por muito tempo. Dussel aponta ainda que sempre estamos muito estimulados, muito convocados por diferentes suportes ou telas, o que tem produzido o discurso sobre uma nova economia de atenção. 

Em seu Abecedário, Dussel enfatiza o verbete atenção como uma qualidade bastante escassa e antiga, sobre a qual já falaram Herbert e muitos pedagogos no século XIX. Para Inés,  a atenção é quase consubstancial à escola moderna.

Assim, ainda sob a perspectiva dos pensamentos de Dussel, é possível retomar seu apontamento em que percebe-se que a atenção se transformou em uma mercadoria. Os anúncios, por exemplo, vendem nas plataformas digitais, o que antes era roubado pela televisão. E hoje, as redes, que a princípio são gratuitas, capturam e mercantilizam a nossa atenção.

De acordo com   Fantin e  Giardello (2009), caso consideremos a necessidade de alfabetização em múltiplas linguagens, faz-se necessário promover a inclusão digital e Alfabetização Digital como políticas públicas que enfrentam a herança do analfabetismo funcional e ao mesmo tempo combatam o apartheid tecnológico. Avaliar que primeiro se erradica um para depois enfrentar o outro seria um erro primário, como enfatizava Silveira (2001) há vários anos. Elas afirmam ainda que sem uma política de investimento na escrita continuará a produção da desigualdade já que a Alfabetização Digital necessita do domínio da escrita e das políticas de inclusão digital, que não podem se limitar à escola e ao ensino formal. Sendo assim, só o acesso às tecnologias de comunicação e os conhecimentos técnicos dos programas de inclusão digital não são suficientes para promover a alfabetização digital.
Agora que você já sabe o que é Alfabetização Digital, compartilhe este abecedário em suas redes sociais!

Este verbete é baseado em alfabetizadores digitais! ;)

REFERÊNCIAS 

Abecedário de Inés Dussel: Janela da Memória  https://youtu.be/lpExsj4zfnI

FANTIN, Monica; GIRARDELLO, Gilka Elvira Ponzi. Diante do abismo digital: mídia-educação e mediações culturais. Perspectiva, v. 27, n. 1, p. 69-96, 2009.

É a compreensão dos recursos de informática. Como por exemplo, saber o que significam as teclas. Em tempos cada vez mais digitais, criou-se a expressão “alfabetismo digital”. Através da alfabetização digital, as pessoas tomam conhecimento das possibilidades fornecidas pelo mundo cibernético, capacitando o indivíduo ao uso de navegação e pesquisa na Internet, aprendendo a encontrar e aplicar o que deseja ou necessita.

Vale lembrar que o alfabetizado é aquele que sabe como acessar a internet e fazer uma pesquisa no Google, por exemplo. Além disso, usando redes sociais, visitando os sites que mais gosta, assistindo a vídeos no YouTube, etc. Entretanto, sempre utiliza os recursos digitais de forma básica e limitada. Em muitos casos, não tem um bom discernimento sobre como esse universo funciona, pode cometer alguns erros ou até mesmo utilizar as ferramentas incorretamente.

 A leitura é simples. “Ler” tecnologia é ser capaz de usá-la e entender os conceitos os botões e saber as funções de cada um deles, baixar um aplicativo e utilizá-lo, e até mesmo mandar mensagens. Atualmente, saber tudo isso se tornou trivial para nós, porém um “analfabeto digital completo”, frente às interfaces que usamos todos os dias, provavelmente se sentiria completamente perdido. As palavras ali não têm significado e, mesmo que individualmente tivessem, o significado que elas adquirem juntas ainda não são simples.

 Portanto, é válido ressaltar que na era hodierna também temos o chamado “letramento digital” que possui diferença da “alfabetização digital”. Haja vista, que o indivíduo que tem a competência do letramento apresenta um conhecimento mais amplo. Ele consegue interagir com os ambientes digitais, domina as práticas de escrita e leitura, sabe como fazer suas pesquisas da melhor maneira e sabe quais são as melhores fontes para buscar esses dados.

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Referências Bibliográficas:

Disponível em : https://happycodeschool.com/blog/letramento-digital-descubra-as-vantagens/. Acessado em out.2020. 

Disponível em: https://medium.com/loopye/voc%C3%AA-realmente-sabe-o-que-%C3%A9-alfabetiza%C3%A7%C3%A3o-digital-fcc528a34be1/. Acesso em Out.2020.